quarta-feira, 27 de novembro de 2013

PAPEL DOS PROFESSORES NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Quando os professores se deparam com um aluno com Dificuldade de Aprendizagem muitas questões lhe vem à cabeça.

O que fazer?
Como agir?
Onde está a dificuldade dele?
Que orientação dar aos pais?
Sou responsável por isso?
Qual programa educacional mais adequado?
O papel do professor no processo de aprendizagem é imprescindível, suas atitudes, concepções e intervenções, serão fatores determinantes no sucesso ou fracasso escolar de seus alunos.

Ao professor cabe suspeitar do diagnóstico, orientar os pais sobre as avaliações profissionais necessárias, seguida da intervenção adequada.

Os professores no seu contato do dia a dia com os alunos são capazes de perceber quais estão apresentando dificuldades na aprendizagem. Profissionais atualizados e informados sobre as Dificuldades de Aprendizagem conseguem mais facilmente perceber esse problema. Muitas vezes o problema se manifesta de forma mais evidente nas séries mais adiantadas, mas alguns sinais de alerta podem ser percebidos já nos primeiros anos escolares.

Após uma avaliação profissional especializada os pais e professores são informados sobre os problemas detectados e quais as intervenções necessárias para o aluno superar suas dificuldades.

Muitos pais e professores se perguntam sobre qual seria um programa educacional efetivo. Na verdade o programa educacional deve cobrir as dificuldades de cada aluno individualmente, por isso que se torna importante um programa de ensino que ofereça diversas formas de aprendizagem de um mesmo tema. É importante que o programa ensine e reforce as habilidades básicas que são importantes para uma evolução escolar dos alunos. Sem elas as crianças apresentarão dificuldades para acompanhar a turma nas séries seguintes. As habilidades básicas são a escrita, a leitura, o raciocínio matemático e solução de cálculos aritméticos. Este tipo de apoio pode ser fornecido individualmente ou em pequenos grupos. A aquisição dessas habilidades básicas deve ser o objetivo principal nos primeiros estágios da educação especial independente do material usado para esse fim.

Alguns alunos não conseguirão aprender certas habilidades básicas apesar de todos esforços, mas algum ganho que tenham nessa área já é importante. Para essas crianças o programa deve ensinar meios de contornar suas dificuldades, obter informações de diferentes formas para que atinjam os seus objetivos pessoais. A escolha das atividades deve ser guiada pela capacidade intelectual e não pelo nível das habilidades básicas, pois alunos com nível de leitura baixo pode obter sucesso em aulas de história mais avançadas se receber apoio e adaptações apropriadas.

É importante que o programa permita o aluno acompanhar o conteúdo da classe. Muitas vezes os alunos não conseguem acompanhar o conteúdo, pois eles são dados de forma muito acelerada ou apresentam uma dificuldade acima da capacidade do aluno. Para evitar isso as tarefas devem ser adaptadas para as dificuldades de cada um, por exemplo se um aluno tem dificuldade na escrita pode ser autorizado a pegar as anotações dos colegas ou receber o material impresso, as provas podem ser feitas de forma oral ou com questões de múltipla escolha. As tarefas devem ser adaptadas para possibilidades individuais e os conteúdos apresentados de forma mais lenta com explicações mais detalhadas de como desenvolve-la. Mesmo com habilidades compensatórias desenvolvidas os pais e professores não devem deixar de incentivar e ensinar os alunos as habilidades básicas.

O programa também deve ensinar estratégias para o desenvolvimento de habilidades metacognitivas. As habilidades de organização do tempo, hábitos de estudos efetivos, memória, solução de problemas e autodefesa são muito importantes serem desenvolvidas até entrada no ensino médio, pois é a etapa que se tornam mais importantes para sucesso escolar.

A autodefesa é a capacidade do aluno de se virar sozinho, tomar a inciativa, saber seus pontos fracos e pedir ajuda quando necessário. Uma proteção muito grande por parte dos pais e professores pode inibir o desenvolvimento da autodefesa e levar a criança a usar suas dificuldades para não realizar e terminar suas tarefas. Isso não deve ser negligenciado pelos pais e professores. Os alunos tem que desenvolver a determinação para reconhecer seus objetivos e obstáculos e ir em busca do que quer. Isto se torna extremamente importante na transição da escola para a faculdade ou o trabalho. A Determinação e autodefesa devem ser estimuladas pelos pais e professores.

Os programas devem auxiliar os alunos com seus comportamentos problemáticos como por exemplo a ansiedade, dificuldade de atenção e impulsividade. A forma mais eficiente de alterar esses comportamentos é o reforço positivo no qual as atitudes corretas são recompensadas com elogios e atitudes positivas. As punições e castigos não tem efeito em longo prazo. Esta atitude deve ser realizada pelos pais e professores.

Os objetivos dos programas educacionais devem ser realistas diante dos estágios de aprendizagem que o aluno se encontra e suas possíveis aquisições em cada estágio. O programa também deve especificar as formas como os objetivos definidos serão buscados.

Embora alguns alunos apresentem múltiplos problemas a sua abordagem nem sempre deve ser realizada todos juntos. Uma criança com dificuldades de aprendizagem que está deprimida pode ser primeiramente tratada para que tenha novamente vontade de aprender para depois abordar os problemas específicos.