Aos sete anos de idade, Demóstenes perdeu o pai e teve sua
herança roubada por seus tutores. Posteriormente, abriu processo para recuperar
os bens roubados. Ganhou o processo mas não recuperou todos os bens que lhe
pertenciam. Com vinte e sete anos iniciou sua carreira de orador e logo
conseguiu destaque.
Garoto ainda, Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um
orador chamado Calístrato teve um desempenho brilhante e, com sua verve, mudou
um veredito que parecia selado. Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao
ver a multidão escoltá-lo e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com
o poder da palavra, que parecia capaz de levar tudo de vencida. Assim,
alimentou a esperança de se tornar um grande orador - sonho que parecia
impossível devido à sua gagueira. Conta-se que Demóstenes, à força de
perseverança, ultrapassou o problema da gaguez declamando poemas enquanto
corria na praia contra o vento e também, sendo esse o fato mais conhecido,
forçando-se a falar com seixos na boca. Após treinamento que demandou enorme
esforço, Demóstenes venceu a gagueira e se tornou o maior orador da Grécia.
Sua vida como orador e político foi dedicada à defesa de
Atenas que se via ameaçada por Filipe II da Macedônia. Contra o líder
macedônio, Demóstenes escreveu inúmeros discursos que ficaram conhecidos como
Filípicas. O objetivo era conclamar os cidadãos atenienses e arregimentar
forças contra a Macedônia antes que fosse tarde demais.
Em 338 a.C., Demóstenes participou da batalha de Queroneia —
na qual Atenas foi derrotada pela Macedônia e marcou o início do domínio de
Filipe e depois de Alexandre, o Grande, sobre a Grécia.
Após 335 a.C., Demóstenes vê decair tanto sua reputação
quanto influência. Chegou mesmo a ser condenado por ter se deixado comprar por
um ministro de Alexandre e facilitar sua fuga de Atenas. Foi preso mas
conseguiu fugir, exilando-se de Atenas por longo período.
Após a morte de Alexandre, em 323 a.C., Demóstenes é chamado
de volta e retoma suas atividades. Alia-se, então, à revolta contra Antípatro.
Tendo falhado tal revolta, Antípatro exige a entrega dos chefes revoltosos.
Demóstenes foge para o templo de Poseidon na ilha grega de Calauria. Quando
percebe que está cercado pelos soldados de Antípatro, suicida-se com veneno.
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